Livros
Já li bastantes livros, mas talvez nem tantos como deveria. Há poucos anos conclui que ler não só nos cultiva a alma como também nos faz ver a vida noutra prespectiva, saindo do quadrado. Para além disso, ficamos conhecedores de temas que normalmente não falamos com amigos.
Um dia destes li "A Porta" e fiquei fã. Lê-se bem e é quase banal....afinal, não são as vidas banais, feitas de coisas banais?
Dá-se muita importancia ao trivial, ao aspecto, à forma...eu própria o faço.
Estaremos impelidos por alguma força oculta para isso?
Ou simplesmente o Homem se encarregou de nos impingir esse fardo?
A sociedade tal como é hoje não nos conduz a quase nada: parecemos folhinhas num lago ao sabor da corrente. Quando uma folhinha teima em não ir pela correnteza abaixo, o alarde é geral e os dedinhos espetados para a folha são inúmeros. Ela esforça-se por seguir outro rumo, mas os dedinhos atiram-lhe pedras, areia.....
Vai abaixo, vem á tona e o esforço continua.
Se vence, é uma heroína.
Se perde, "estava-se mesmo a ver que não conseguia".
A sociedade está permanentemente á espera das falhas para apontá-las.
Mas é ao contrário - devemos enaltecer as vitórias, os sucessos e ajudar quem quer sair da fileirinha de carneiros.