São dois animais.
Foi em Bonito, Mato Grosso do Sul, Brasil, que conheci a Sucuri, felizmente, não em pessoa, que podia dar para o torto.
Este ano, descubro a existência deste outro bicho numa conversa ocasional.
Achei piada aos nomes e ao facto de serem tão diferentes e raros!
SURICATA
Nome Científico: Suricata suricatta
Ordem: Carnivora
Família: Herpestidae
Distribuição e habitat: Encontram-se no Sul de África, em estepes semiáridas.
O corpo é esguio, o focinho pontiagudo e possuem manchas negras em torno dos olhos. A pelagem é castanha e apresenta riscas negras na parte terminal do dorso; a extremidade da cauda é negra. Possuem, ainda, longas garras, nas patas dianteiras.
Alimentação: Alimentam-se principalmente de insectos (principalmente larvas de escaravelhos e de borboletas); também ingerem milípedes, aranhas, escorpiões, pequenos vertebrados (répteis, anfíbios e aves), ovos e matéria vegetal. São relativamente imunes ao veneno das najas e dos escorpiões, sendo estes, inclusive, um dos alimentos que mais apreciam.
Comportamento: São diurnas e muito sociáveis. Saem dos abrigos assim que o dia começa a aquecer e procuram alimento na sua proximidade, sob pequenas rochas ou escavando junto de raízes. É, também, frequente serem vistas a apanhar sol junto à entrada das tocas ou erguidas sobre as patas traseiras a farejar o ar. Têm sempre sentinelas que avisam os restantes elementos do grupo da aproximação de um predador terrestre ou aéreo. Vivem em colónias familiares de 10 a 15 indivíduos, geralmente (embora possam atingir as três dezenas de animais). Cada colónia é constituída por duas a três unidades familiares, sendo cada uma, por sua vez, formada por um casal adulto e a respectiva descendência. As suricatas abrigam-se num complexo sistema de túneis subterrâneos. O sistema de túneis é escavado pelas próprias suricatas (com o auxílio das fortes garras das patas dianteiras), mas é muitas vezes partilhado com mangustos-amarelos (Cynictis penicillata) e esquilos-terrestres africanos (Xerus sp.). As suricatas são dominantes e, por vezes, hostis para com estes últimos. Os abrigos subterrâneos das suricatas medem, normalmente, cinco metros de diâmetro, possuem 15 orifícios de entrada e consistem em dois ou três níveis de túneis, que descem até cerca de 1,5 metros de profundidade e se interligam por câmaras com perto de 30 cm de diâmetro; em zonas rochosas, os animais aproveitam os orifícios naturais. Cada colónia pode possuir cinco abrigos subterrâneos e mais de uma centena de pequenos refúgios, distribuídos por uma área de 15 km2. Os grupos podem deslocar-se 6 km por dia, usando diferentes abrigos subterrâneos para dormir. As suricatas defecam, normalmente, em latrinas comunitárias. São territoriais e marcam as vizinhanças das tocas com fezes e secreções das glândulas anais. Os contactos entre diferentes grupos podem ser bastante conflituosos. Pelo contrário, os elementos de cada grupo são muito amistosos: “abraçam-se” e cuidam mutuamente da pelagem com frequência. Apesar de existir alguma especialização dos elementos de cada grupo nas várias áreas, tais como, a segurança, a defesa, a marcação de território, o “baby-sitting” e a liderança, existe também uma enorme entreajuda e uma regular rotatividade de tarefas, que os indivíduos aceitam tranquilamente. As suricatas estão em comunicação constante entre si e possuem várias vocalizações, inclusive sons diferentes para predadores aéreos e terrestres. São relativamente dóceis para com o Homem, sendo muitas vezes mantidas em quintas, na África do Sul, como caçadoras de roedores.
Sucuri
NOMES COMUNS: Sucuri, Anaconda
NOME EM INGLÊS: Green Anaconda
NOME CIENTÍFICO: Eunectes murinus
FILO: Chordata
CLASSE: Reptilia
ORDEM: Squamata
FAMÍLIA: Boidae
DISTRIBUIÇÃO: Ocorre em toda a América do Sul
HABITAT: Pântanos, rios, e lagoas.
HÁBITO: Diurno e crepuscular.
COMPRIMENTO: Mede geralmente 4,5 metros, podendo chegar a 9m.
ALIMENTAÇÃO NA NATUREZA: Alimenta-se principalmente de capivaras, veados e jacarés.
REPRODUÇÃO: Vivípara, nascendo entre 10 e 20 filhotes no início da estação chuvosa.
Cinco mil dólares essa era a quantia que o zoológico de Nova York pagava, tempos atrás, a qualquer pessoa que apanhasse uma sucuri de 9m. Dizem existir até 19m. Embora pertença, juntamente com a píton, as maiores espécies de serpentes do mundo, seu tamanho e sua força não são tão grandes. Ela tem sido tema de muitas lendas. Pode nadar com rapidez, mas prefere ser levada, sem esforço, pela correnteza.
A sucuri tem os mesmos hábitos dos outros constritores (cobras que apertam suas vitimas). Ela não é tão comprida como se fala nas lendas. Grande e noturna, a sucuri geralmente vive sozinhas nas florestas matas tropicais da América do Sul. Seu habitat são os pântanos ou os galhos baixo das arvores próximas da água parada. Dependendo de onde viva, alimenta-se de peixes, pequenos mamíferos ou aves. Ela fica a espreita de sua vitima.
Animais, cuidado quando vão beber água! geralmente a vitima e puxada para dentro da água depois de ser segura pela boca da cobra. Na água ela e sufocada por uma serie de constrições e afogada ate morrer,mas a vitima não e reduzida a uma geléia antes de ser comidas, como muitos acreditam.
A Sucuri tem fama de matadora de homens, e principalmente na internet, onde circulam várias fotos de cobras que engoliram seres humanos, mas nunca foi exibido nem na televisão ou em fotos uma Sucuri com um ser humano como "conteúdo", tendo somente fotos da Píton Reticulado (Phyton reticulatus) da Ásia.
Muitas lendas são contadas, inclusive que a Sucuri quebra ossos. Na verdade isso pode até acontecer, mas ela não faz propositadamente.
Muitas histórias são verdadeiras, mais a grande maioria é mito. Não se descarta a possibilidade da Sucuri matar e comer um homem, mas até hoje todas as histórias envolvendo as Sucuris são falsas.
![Sucuri]()
Sucuri capturada em Boca do Mamirauá (AM), próxima à Tefé. (foto: Marcio Ayres - Projeto Mamirauá)
![Filhote de sucuri (foto: Dick Bartlett)]()
Filhote de sucuri (foto: Dick Bartlett)
![Sucuri]()
Sucuri