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idéias soltas

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Quinhones

Idéias, Memórias, Frases, Textos
01
Set11

O Ano

anita

 

 

 

Nestes últimos meses, talvez um ano mesmo, tenho feito descobertas espantosas e dignas de registo.

Boas e más, todas fazem parte das nossas entranhas e ossos, alma e tutano.

Fisicamente penosas e prazeirosas;

Emocionalmente um alento ou desilusão para a vida.

 

Começamos com um afastamento de seres. Só por si mau.

As estradas e caminhos demasiadamente compridos para conseguir chegar aquele sítio certeiro....aquele onde todos querem chegar.

Ilusão de uma aventura.

Foco.

Trabalho sem precendentes.

Só trabalho.

 

Terei de falar das redes sociais, claro.

No seu auge, manifestei o que quis e o que não quis.

Desfoquei.

Encontrei gente e reencontrei gente maravilhosa.

Pensei eu que maravilhosa, porque na realidade nunca conhecemos ninguém.

E eu, por defeito, acredito em toda a gente.

 

Verdade custosa de admitir, mas real.

 

Veredas, passeios, sms, telefonemas, encontros, conversas,....

Alguma cumplicidade, mas nada demais.

Sempre uma frieza distante, medrosa e cobarde.

 

Começa, recomeça, começa, recomeça...acaba por ser essa a lei da vida, não?

Sim.

Mas não.

 

Há momentos em que temos de dizer BASTA.

CHEGA!

 

Mundos diferentes, cabeças diferentes, amores, experiências e vivências muito, mas muitíssimo diferentes.

Beautiful Lie.

 

O reflexo, meus amigos, é de pura cobardia com o futuro.

Sim, aquele futuro que enganosamente fingimos não existir, dizendo que vivemos um dia de cada vez.

É mentira. É tudo mentira. Foi tudo mentira.

 

Ninguém vive assim, só os doidos varridos desprovidos de faculdades mentais para almejarem mais qualquer coisita.

Mentira compulsiva.

Desconsideração para com o próximo.

Egoísmo.

Falta de educação.

 

Andamos insanamente perdidos.

E perdidos ficaremos.

Porque afinal, os castelos de areia foram-se com o mar que tanto gosta de olhar.

Aquele que o sol adora na hora de dormir.

 

Sim, querido amigo, a vantagem de todas as experiências na vida de cada um é que o são eternamente e com elas viveremos até ao fim dos nossos dias.

Uns ultrapassam, outros pelos vistos não.

Este foi o meu aprendizado e agradeço tê-lo tido.

Não que não o venha a repetir, mas pelo menos já tenho pontos de referência bem nítidos do que é a indiferença para com uma pessoa.

Do que se pode ser (ou será um "não-ser") para um ser próximo.

Fatal, mas não mortal, que mortal não sabemos a hora.

 

Não me despeço.

A vida encarregar-se-á de mostrar o que tem de ser mostrado e de ditar o que tem de ser vivido.

Sempre pensei assim.

Sempre o pensarei!

 

 "A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade."
Carlos Drummond de Andrade

31
Ago11

Como poupar em tempos de crise - A Unidose ou Embalagens mais pequenas

anita

 

 

Vivi uns anitos num país de terceiro mundo na altura, hoje, país emergente, Terras de Vera Cruz, vulgo Brasil.

Um pais pautado por grandes desiquilibrios sociais entre outros, mas estes mais evidentes aos nossos olhos de europeus.

Entre muitas diferenças encontradas, desde o estilo de vida, as casas, os empregados para tudo ao preço da chuva, todos os prédios com garagem para 2 carros cada apartamento, todas as moradas com nome de um bairro, domingos sem se trabalhar, venda de jornais por ardinas nos semáforos (Zero!!!! Sim "Zero Hora" é um dos principaqis jornais de Porto Alegre, Rio Grande do Sul - http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&section=capa_online), panóplia de diferentes gastronomias ao virar de cada esquina, só a bica é que era uma desgraça, mas mesmo assim habituei-me, que remédio.

E por falar em remédios, a UNIDOSE. Pois bem, muito me admirei com cestinhos de aspirinas vendidas à unidade, bem como outra infinidade de medicamentos vendidos assim. "Claro"! Pessoas com salários míninos, para nós Impossíveis, teriam de ter acesso à saúde de qualquer maneira.

 

De facto, sou incondicionalmente apologista pelas unidoses.

 

Quanto tempo ficamos com uma caixa de aspirinas em casa? 1 mês? 6 meses? 1 ano?

Saindo do campo da medicina, quantas vezes os nossos filhos bebem uma lata de 200 ml de sumo até ao fim? Quanto tempo demora uma garrafa de azeite a ser consumida? e de Sal? E de Açucar? E as bolachas...quantas vezes amoleceram na despensa por não serem consumidas atempadamente? Há mesmo necessidade de comprar 3kg de batatas de uma vez? packs de 6 de iogurtes? Nunca expirou nenhum prazo? 1 litro de gel duche?

 

Será que embalagens mais pequenas não teriam o mesmo efeito?

Não dariam para um mês?

 

Sempre que bebo um café, coloco apenas 1/4 do pacote de açucar, mas abro-o e claro, que apesar de deixar no cestinho, ninguém vai pegar nele, pelo que irá certamente para o lixo. E fazer pacotinhos de açucar de 3 ou 5 gramas?

 

UNISODES OU EMBALAGENS MAIS PEQUENAS - O Preço de Venda diminui!

 

O que pretendo defender com este texto, é que existem aqui duas situações a ponderar:

 

1. As empresas produtoras e os retalhistas têm aqui uma oportunidade de negócio com a crise, pois vão continuar a democratizar o acesso de todos os consumidores aos bens essenciais. Haverá algum custo de investimento em novas embalagens? Talvez nem tanto com a produção oriental;

E mais vale vender uma unidade a cada 100 consumidores do que 100 unidades a 1 consumidor!

2. Os consumidores conseguirão continuar a comprar os mesmos produtos, optimizar a sua utilização e ao mesmo tempo poupar mensalmente um determinado valor, que só analisando um cabaz mensal se poderia atirar com um valor para cima da mesa.

 

Muitas vezes, não é o poupar que está em causa, mas sim o não desperdiçar recursos ou bens - esta é a verdadeira poupança!

 

31
Ago11

Cobardia

anita

 

Vi este poema.

Decidi colocá-lo no meu blog.

 

NÃO ME CHAMEM COBARDE

Quando uma lágrima nasce
Dos tristes olhos da saudade
Não existe sofrimento, por dentro
Morre em nós a liberdade.

Quando uma ave se perde
No negro da alma magoada
Não há lamento, tormento
É viver a dor do nada.

E o destino baila um gemido
Nas penas da dor tamanha
E sempre volta, revolta

Esta tristeza tão estranha.
Espezinhem-me à vontade
Mas não me chamem cobarde.

Regensburg
02-08-2010
Beija-flor

21
Ago11

Chuva numa noite de Verão

anita

 

 

Dissera-lhe com os seus olhos brilhantes e voz rouca, segura e grave:

"- Não procuro!"

Frase trivial, desprovida de qualquer novidade.

Mas ficou a pensar nela com maior detalhe do que as outras vezes.

O fim de semana foi-o como há muito não o tinha sido - conversas reais de gentes reais com problemas e felicidades também eles reais.

Saíu do seu mundo "Faz de Conta" e sentiu-se bem neste.

Não novo.

Mas de novo.

Novas ideias, novos assuntos, novas abordagens e perspectivas.

Como um peixe na água, no meio daqueles que são da sua vivência, como se 20 anos não tivessem passado.

Surreal e maravilhoso.

 

Aprendeu que não procurando, se encontram as mais preciosas experiências, mesmo que sejam apenas um relâmpago...e até que choveu para chuchu......

Realmente, concluiu que desta vida, ficam estes momentos serenos e descontraidos.

Tudo flui naturalmente.

O meu obrigada.

26
Jul11

No Teu Deserto

anita

Um livro surpreendente, uma leitura leve...diría de Verão.

Realço duas passagens que me tocaram de sobremaneira.

 

" A maior parte do tempo, porém, o que nós partilhamos era o silêncio. E isso eu aprendi contigo, porque não sabia. Para mim, o silêncio era sinal de distância, de mal-estar, de desentendimento. Ao principio, quando ficávamos calados muito tempo, eu sentia-me inquieta, desconfortável, e começava a falar só para afastar esse anjo mau que estava a passar entre nós.

Um dia tu disseste-me:

- Cláudia, não precisas de falar só porque vamos calados. A coisa mais difícil e mais bonita de partilhar entre duas pessoas é o silêncio."

 

 

"Hoje já ninguém vai ao nosso deserto, Cláudia."..."A razão principal é que já não há muita gente que tenha tempo a perder com o deserto. Não sabem para que serve.....viajam antes para onde toda a gente vai e todos se encontram.....Todos têm horror do silêncio e da solidão e vivem a bombardear-se de telefonemas, mensagens escritas, mails e contactos no facebook e nas redes sociais da net, onde se oferecem como amigos a gente que nunca viram na vida. Em vez do silêncio, falam sem cessar; em vez de se encontrarem, contactam-se, para não perder tempo; em vez de se descobrirem, expõem-se logo por inteiro: fotografias deles e dos.......E todos são bonitos, jovens, divertidos, "leves", disponíveis, sensíveis e interessantes. E por isso é que vivem esta estranha vida: porque muito embora julguem poder ter o mundo aos seus pés, não aguentam nem um dia de solidão. Eis porque já não há ninguém para atravessar o deserto. Ninguém é capaz de enfrentar toda aquela solidão."

 

 

 

 

22
Jul11

Praia do Vau

anita

 

 

Estes dias de férias têm sido uma verdadeira lavagem à alma e ao cérebro!

Precisava mesmo de descansar, de não ter horários nem rotinas estupidamente instaladas, fruto de uma ansiedade incapaz de ser saciada.

E não o foi ainda....

Por fim, vim de férias para o ALLgarve, provavelmente como a maioria dos Tugas como eu - sem muita cheta lá vamos aguentando o barco que embora à deriva, talvez se encontre entretanto - refiro-me ao nosso País!

 

Hoje decidimos ir para a Praia do Vau, mas não é a minha "praia". Muita gente,...gente demais....

 

Gosto mais de praias semi-desertas com espaço para esbracejar, correr e sacudir a toalha sem atirar areia para alguém.

Não é o caso.

 

A praia em si é bonita e tem todas as condições de veraneio, mas assustam-me aqueles imensos rochedos onde a palavra "Danger" sobressai num amarelo ofuscante (na foto aparece vermelho, mas in loco é amarelo). Mesmo assim, as pessoas continuam a colocar-se sob esses perigos, desafiando a gravidade e o perigo.

Não arrisco!

 

Faço castelos, buracos e montes de areia com a minha filha.

Percorremos a praia para achar as mais belas conchinhas!

 

Detive-me na "construção de areia...."faço sempre um buraco, uma montanha com túneis, castelinhos e uma muralha...desde sempre!!!!"

Quererá dizer alguma coisa?!

Não quer dizer nada, claro, mas a minha imaginação leva-me para o filme do Steven Spielberg cujo título não me recordo, mas que alguns dos actores faziam sem precedentes montanhas em casa e as procuravam sem descanso, como uma obsessão.

O Monte e o Buraco

 

O bronze já se reconhece....daqui a pouco piscina com a companhiade O Delfim, sugerido pela EME.

 

 

 

 

11
Jul11

Praia da Conceição em Cascais

anita

 

 

 

 

Poucos darão alguma coisa por esta pequena praia na vila de Cascais, precisamente por estar localizada no meio urbano.

Mas decidi escrever acerca da mesma, pois inadvertidamente, reparei que tem Bandeira Azul, facto no mínimo, curioso.

É uma praia familiar, com mar calmíssimo ideal para as crianças. Frequentada pelos locais, por turistas q.b. e também por nortenhos, algo também surpreendente, quanto a mim.

É rodeada por casaríos e palacetes, um hotel e uma capela.

De referir também o restaurante Capricciosa - massas e pizzas para toda a família, com uma vista soberba! -

www.grupodocadesanto.com/pt/capricciosa/restaurantes/Cascais/44/

 

Os cafés e restaurantes da praxe e uma escola de mergulho.

Tem o Programa Marés Vivas, limpeza das praias, gaivotas e Nadadores Salvadores muito atentos e simpáticos.

Acesso para pessoas com dificuldades motoras bem como um espaço na praia exclusivo para estes e seu acesso à àgua.

 

Os transportes são fáceis para quem vem de fora - comboio ou carro, claro; e para quem vem de perto, o BusCas (nosso amigo) que nos leva em 10 minutos a este local por 0,70€. Efectivamente, alguns de nós somos uns privilegiados e nem sempre o valorizamos.

 

 

 

 

  

 

  

 

 

Fica aqui uma descrição do Guia da Cidade:

 

"Limitada por um lado pelo Hotel Albatroz e pelo outro pelo Chalet Faial, antigo tribunal de Cascais, é uma das mais frequentadas da vila, pela sua proximidade em relação ao centro e à estação de comboios. Na maré baixa, esta praia fica colada à vizinha praia da Duquesa num único e extenso areal. Junto ao areal existe um bar e apoio de praia que gere a concessão. Outra opção é o quiosque Laranjeira, acima da praia, mais perto da estação. Muito próximo, na praia da Duquesa, há outros bares e restaurantes. Servida pelo paredão que liga Cascais a São João do Estoril, que aqui termina, a praia tem facilidade de acessos. O estacionamento faz-se na via pública e é pago com parquímetros."

07
Jul11

A Vida num Sopro

anita

 

Terminei de ler este livro de José Rodrigues dos Santos.

A trama passa-se no início do século XX, em 1929, uma das minhas épocas favoritas.

Não consegui descansar até terminá-lo.

Resumidamente é uma tragédia de amor, contextualizada numa vida social rígida, pós implantação da República e em pleno início do Salazarismo.

O papel da PIVDE, "pevide", é intensamente descrito, bem como e paralelamente a guerra civil espanhola e as relações entre homens portugueses e mulheres espanholas.

Um amor castrado em todas as alturas da vida de Luís Afonso e de Amélia: primeiro pela mãe dela, depois pelas circunstâncias da vida.

Termina com o suicídio de Luís, que a única e verdadeira coisa que queria era amar Amélia.

 

Para quem gosta do género, aconselho.

Eu gostei bastante da escrita e da história, sabe Deus, senão verdadeira em muitas das suas facetas.

07
Jul11

COLDPLAY

anita

Ontem, todos os caminhos foram dar a Algés, ao Festival Optimus Alive!

Os COLDPLAY actuavam às 22H e pelo menos 52 000 pessoas iriam assistir.

Optei por ir de comboio: a viagem seria mais tranquila e conseguiria capturar momentos como este.....

 

 

A foto revela o vandalismo ou um acidente na janela do comboio onde ía.

É portanto, o sol a passar numa janela completamente estilhaçada.

 

Chegada a Algés, observei com atenção a organização policial à volta do evento e confesso que fiquei surpreendida com a eficácia demonstrada pela PSP - controlo alternado entre trânsito e população. Apesar de muita gente no local tudo decorria calmamente: uns esperavam, outros cantavam e ainda havia quem vendesse super bock de Vialonga - um africano com missangas na barbicha, que não deixava de estar engraçado.

 

Lá dentro, o recinto amplo e com muitas atracções - Matrecos, comes e bebes com fartura, farturas, stands promocionais de empresas conhecidas, e, salvo erro, 4 palcos. Músicas para todos os gostos.

 

Uma curiosidade - Distribuição gratuíta de Preservativos embalagem Verde à entrada e embalagem vermelha à saída (não sei se terá algum significado especial...)

 

Os COLDPLAY entraram pontualmente às 22H, após uma boa actuação dos BLONDIE.

O vento era fresco demais e decidi colocar o meu polar Berg....apesar de estar mais apertada que numa lata de atum.

 

Muitas músicas novas, muitos abrandamentos de ritmo para um Festival de Verão.

Mesmo assim, ouviram-se com agrado numa noite sob a égide da ursa maior que estava mesmo por cima de nós.

 

 

 

 

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